quinta-feira, 1 de julho de 2010
Mães não morrem...
"Em geral, as mães, mais que amar os filhos, amam-se nos filhos".
(Friedrich Neitzsche)
Mas só morrem quando querem...
Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez. Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula. Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer. Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente. Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri rediviva – foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.
Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão… Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho “mãe” se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado “avó”. Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla…
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar… Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre. Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade…
Eu desconheço o autor dessa maravilha.
Ame sua mãe!
Não sei se a vida é curta ou longa demais, mas sei que nós devemos amar as pessoas enquanto elas estão por aqui...
É por isso, que temos que amá-la sempre!
E não matá-la em vida.
Nunca saberemos quando ela vai querer partir...
O vazio que fica, nunca conseguiremos preencher.
Para quem adianda a tem ao seu lado, ame-a!
Abrace-a sempre. Dê-lhe colo...
E pra quem não já a tem em seu lado...
Guarde suas lembranças no mais precioso dos baús...
Mesmo onde ela estiver saiba que sempre ela vai entender o recado...e vai chorar quando você chorar...
Vai sorrir...quando você sorrir...
Vai velar seu sono, como fazia na época de criança.
Não espere ela partir pra lhe dar amor.
Um dia você vais descobrir, que a pessoa que mais lhe amou na vida...foi ela.
Incondicionalmente...
Desde que você surgiu nesta vida.
Se ela estiver ao seu lado, dê-lhe um beijo e um abraço e diga o que ela sempre quis ouvir...
Mamãe, eu te amo. Obrigada por você existir!
E se ela já não estiver ao seu lado...
Feche os olhos e faça uma prece pra ela, agradecendo pela vida e também dizendo que a ama.
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2 comentários:
Querida Suh
Uma mãe nunca morre! É bem verdade...
Sei que não posso beijar a minha, não posso tocar-lhe nem olhá-la nos olhos... mas consigo falar com ela, consigo ouvir dentro de mim a sua voz que me responde sempre a todas as dúvidas e inquietações.
Tenho-a sempre comigo, em todos os segundos da minha vida e sei que basta um fugaz pensamento e ela lá está, presente, eterna, a dizer-me o quanto me ama.
Mãe é para toda a vida e para além dela...
Um beijinho enorme
Fico feliz por te ver novamente aqui...
Suh
Passei para te deixar um beijinho e a minha saudade!
Tua amiga
Maria João
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